São fundamentais as iniciativas que estimulam desde cedo o interesse dos jovens por solucionar problemas da sociedade e que, por consequência, abrem perspectivas para o futuro do empreendedorismo.
A USP de São Carlos criou um programa de verão para que meninas aprendessem programação e habilidades empreendedoras. A iniciativa foi pensada para reverter o predomínio masculino na área de tecnologia e incentivar as garotas entre 10 e 18 anos, em especial de escolas públicas, a considerarem carreiras nas áreas de exatas. O programa da universidade pública está em sintonia com a enorme demanda por mulheres na área de tecnologia e busca preparar a nova geração para ocupar estes espaços.
Mais de 450 meninas participaram do projeto que prevê a criação de apps que solucionem problemas sociais. Elas também são estimuladas a levar suas ideias para a Technovation Girls, uma competição global de tecnologia e empreendedorismo para garotas. Este ano, a equipe brasileira conquistou o primeiro lugar na modalidade júnior para a América Latina.
A premiação foi para o app chamado de Diana, em referência ao nome da personagem da Mulher Maravilha, criado pelas garotas para ajudar mulheres que estão sofrendo violência doméstica. Por meio de geolocalização, a ferramenta identifica onde a vítima está e direciona a conversa, via inteligência artificial, para a Central de Atendimento à Mulher pelo 180. No aparelho, o Diana fica disfarçado como se fosse um app de leitura, para que as mulheres tenham mais segurança de usá-lo.
Construção de cultura empreendedora para meninas Além de muito inspirador, o programa revela que a construção de uma cultura empreendedora também passa pelo acesso ao conhecimento e por um estímulo a solucionar problemas da sociedade.
É claro que ao chegar à vida adulta essas meninas terão muito mais perspectivas de construir negócios que sejam relevantes. Porque aprenderam a pensar em como detectar e solucionar demandas da sociedade e em como oferecer e executar respostas de forma inovadora.