Não basta ser disruptiva: pequena empresa precisa de gestão, plano estratégico e ESG

O futuro do empreendedor não pode estar baseado só na ideia disruptiva. Para ganhar escala e ser sustentável todo empreendimento precisa de uma gestão eficiente e análise criteriosa do contexto de atuação. Precisa também estar atento a uma questão mais que urgente, a diversidade. A Mobees, por exemplo, atraiu investimentos, entre outras razões, por ter uma mulher na liderança.

Com uma ideia inovadora, a startup carioca passou a instalar telas de LED nos tetos de carros que operam pelo sistema de aplicativos, dando mobilidade a mídia e propaganda exterior de uma forma inteligente. Nessas telas são projetados anúncios e por terem sensores de localização, possibilitam que campanhas sejam segmentadas.  Assim, as marcas se viram com uma nova possibilidade de divulgação sobre rodas, numa proposta de experiência parecida com a internet.

A ideia tomou forma quando os sócios buscavam empreender de um modo que ninguém nunca tinha pensado no ramo da mídia e digitalização.

A inovação por um lado permitiu aos empresários divulgarem seus produtos e por outro lado abriu possibilidades para que os motoristas de aplicativo tivessem uma renda um pouco maior ao instalar estes painéis no teto de seus carros.

Inovação precisa de planejamento estratégico Mas foi preciso muita análise de risco e planejamento para atrair os parceiros estratégicos, incluindo uma visão ESG, privilegiando a questão de gênero. Este ano, a Mobees conseguiu um segundo aporte de investimento de R$ 5,5 milhões desta vez da We Ventures, fundo criado pela Microsoft para incentivar startups de tecnologia que têm mulheres na liderança.

Por enquanto, a startup opera apenas em uma região do Rio de Janeiro. O plano é crescer em outras cidades do Rio de Janeiro. Aí então partir para a nacionalização, focando em dez capitais brasileiras e até da América Latina.