Empreendedorismo por sobrevivência está multiplicando os pequenos negócios pelo país, só em salvador cresceu mais de 18%.
Um exemplo disso é a NBLACK, Najara Black socia-fundadora após ser vítima de racismo em uma entrevista de emprego, decidiu não trabalhar mais para ninguém e criar seu próprio negócio. Depois de anos vendendo bijuteria surgiu a ideia de criar uma marca de Roupas.
“Iniciei sem conhecimento de mercado, dos tecidos, de nada. No início o nome seria Najara Black, mas achei que ninguém compraria roupa com meu nome, então, resolvi abreviar para ficar NBlack. Participei de um evento chamado Beleza Black, no qual meu irmão e alguns amigos desfilaram com as peças que eu fiz e foi um sucesso. De lá para cá, a gente não parou mais”, afirma a empresária.
As peças da Nblack já foram produzidas em salas comerciais, lojas físicas e ate mesmo na residência de Najara, que durante a pandemia teve que utilizar outras ferramentas como as redes sociais para manter seu negócio de pé.
“Sozinho a gente não faz nada e unidos somos mais fortes e dessa forma ninguém pode parar a gente”, afirma Najara Black.
Se inventar como empreendedor, às vezes é a única saída para os desempregados. Essa iniciativa traz muitos benefícios para as comunidades onde estão inseridas: faz a economia girar, gera novos empregos e incentiva outras pessoas a fazerem o mesmo. Porém muitas vezes é uma tarefa árdua e solitária, com pouco conhecimento técnico em finanças, economia, parte fiscal e mesmo dos próprios negócios, a curva de aprendizado é desgastante e faz com que empreendedores desistam de seus planos. É sabido que existem formas de buscar conhecimento e informação, mas o dia a dia é pesado e nem sempre há clareza no que precisa ser feito.
Atualmente a empreendedora com 16 anos no mercado viu seu esforço e trabalho colaborativo se expandir cada vez mais. Hoje a NBlack conta com três lojas espalhadas nos shoppings da Bahia, Cajazeiras e a mais recente inaugurada no shopping Paralela.
Com outras 20 marcas empreendendo juntamente, tendo um quadro composto de 99% de empreendedoras negras. “Para mim isso é bacana, a NBlack já é uma marca forte e consegue atrair um grande público para conhecer outras marcas que ainda estão chegando no mercado e durante a pandemia muita gente teve que se reinventar, criar seus negócios ou recriar e essa foi uma oportunidade de manter todo mundo em pé, firme e forte, e fortalecido, porque acredito que sozinho a gente não faz nada e unidos somos mais fortes e dessa forma ninguém pode parar a gente”, conclui a dona da NBlack.